terça-feira, 12 de outubro de 2010

A cruzada contra a guerra suja

Líderes religiosos se unem a Dilma para impedir que discussões fundamentalistas tomem o lugar do debate político no segundo turno das eleições presidenciais.
Desde a manhã da segunda-feira 4, a rotina de sermões do pastor evangélico Manoel Ferreira foi radicalmente substituída por uma sequência interminável de reuniões políticas. A mais importante delas ocorreu na quarta-feira 6 à tarde. Trancado no gabinete de Gilberto Carvalho, no Palácio do Planalto, o líder religioso disse ao assessor do presidente Lula que a insistência da oposição em explorar a questão do aborto no segundo turno poderia minar a estratégia da campanha de Dilma Rousseff de discutir propostas concretas para o futuro do País. “Não devemos ficar presos a esse debate superficial que só atende a interesses obscuros”, afirmou Ferreira. O pastor foi convocado às pressas a Brasília para comandar o exército que saiu em defesa da candidatura de Dilma em meio à guerra suja alimentada, nos últimos dias, pelo PSDB na disputa à Presidência da República. Numa tentativa de desgastar a imagem de Dilma perante o eleitorado, os tucanos têm disseminado a tese de que a candidata do PT é a favor da descriminalização do aborto, das drogas e da união homossexual. “É um debate fundamentalista”, disse o pastor à ISTOÉ. Para mudar a situação, o líder religioso sugeriu a Gilberto Carvalho uma série de medidas. A principal delas, o enterro, sem velório, do Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3). “Esse documento é o centro irradiador de toda a polêmica.” Presidente da Assembleia de Deus de Madureira e da Convenção Nacional das Assembleias de Deus (CNAD), corrente que congrega oito milhões de evangélicos, Ferreira é conhecido pelo carisma e pela capacidade de mediação. Deputado federal pelo PR do Rio, o pastor é amigo de Lula desde a eleição de 1994. “Lula é o presidente mais sensível às demandas religiosas que o Brasil já teve”, defende Ferreira. Ele espera selar de vez a paz com as principais lideranças religiosas, católicas e evangélicas, num encontro na quarta-feira 13. Ao longo da semana passada, Ferreira telefonou para dirigentes da CNBB, da Igreja Universal, da Assembleia de Deus e dos movimentos carismáticos. A ideia é reuni-los com Dilma e o presidente Lula, a fim de convencê-los a apoiar a candidatura petista em troca de um compromisso definitivo sobre as principais demandas religiosas. Além do enterro do PNDH-3, Ferreira sugere o arquivamento do PL-122, que criminaliza a homofobia. Esse compromisso de Dilma com os segmentos religiosos seria consolidado numa nova versão da Carta ao Povo de Deus, como a divulgada por Dilma em agosto. O rascunho do texto será elaborado na segunda-feira 10, quando Dilma reunirá os coordenadores de campanha no hotel Brasília Imperial às 10h.

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Essas iniciativas serão fundamentais para duas coisas: em primeiro lugar, esclarecer que Dilma, uma vez eleita, não interferirá no debate sobre aborto e outros temas sensíveis, que ficarão a cargo do Congresso. E, em segundo, focar a campanha no detalhamento do programa de governo e nas dife­ren­ças entre os projetos petista e tucano, especialmente a questão das privatizações e o marco regulatório do pré-sal. “Vamos priorizar aquilo que nos diferencia. Ontem, Serra defendeu fortemente as privatizações. Está ficando explícito quais são as diferenças. Esse é o debate do segundo turno. Eles são contra a ideia de fortalecer a Petrobras, o Estado, no processo de exploração do pré-sal”, disse na quinta-feira 7 o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha.

Essa mensagem será repassada por uma força-tarefa montada nos principais centros urbanos, com a ajuda dos governadores e parlamentares eleitos da base aliada, como o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ). Aliado de primeira hora, Crivella está confiante na arregimentação dos fiéis da Igreja Universal. “Precisamos conversar, agora, com mais calma sobre essa questão que acabou prejudicando na reta final”, diz Crivella. Para o senador, houve um mal-entendido que foi explorado pela oposição, especialmente na internet. No comando da campanha de Dilma, estima-se que, dos dez milhões de votos evangélicos obtidos por Marina Silva no primeiro turno, cerca de seis milhões migrarão para a petista. Por isso as conversas, no meio evangélico, visam à conversão para o lado de Dilma de líderes importantes que, hoje, mantêm certa afinidade com a campanha de José Serra. Dentre eles está o pastor José Wellington, presidente da Convenção-Geral das Assembleias de Deus, que reúne dez milhões de fiéis, e Silas Malafaia, que preside a corrente Vitória em Cristo e exerce influência sobre várias denominações religiosas. Malafaia tem como principal capital a retransmissão de suas pregações em quatro canais de tevê e até oito horas de programa aos sábados.

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INTERPRETAÇÃO
Ferreira (abaixo), da Assembleia de Deus, tem a missão de mostrar a líderes
religiosos como Malafaia (acima) que o debate atual está distorcido
 
A preocupação da campanha do PT está amparada em pesquisas internas realizadas na última semana. As consultas constataram que a sangria de votos continuava com força. Para se ter uma ideia do estrago feito no eleitorado evangélico, na Baixada Fluminense – que representa 2,5% do eleitorado brasileiro e onde Dilma teve seu primeiro compromisso de campanha do segundo turno – os eleitores chegavam a dizer que queriam “votar pelo continuísmo de Lula, mas não em Dilma”. Na verdade, as entrevistas mostram que o eleitor não tem nenhuma motivação para votar em Serra, mas revelava medo de optar pela petista. Ou seja, os boatos vinham distorcendo o verdadeiro debate eleitoral. “É um absurdo mexer com o preconceito das pessoas, em vez de se discutir a realidade. É uma baixaria usar a religião, de forma fácil e errada, nas eleições”, diz Renato Janine Ribeiro, professor de ética e filosofia da USP.

Fonte: Isto é

STJ elabora listas para escolha de novos ministros

Os nove possíveis candidatos para preencher as três vagas disponíveis no Superior Tribunal de Justiça (STJ) serão conhecidos no próximo dia 9 de novembro. O presidente da corte, ministro Ary Pargendler, marcou uma sessão com os 33 ministros para a escolha de três nomes de cada uma das três listas sêxtuplas enviadas pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Após formar as três listas tríplices, a OAB encaminhará os documentos ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que escolherá os três nomes finais. Antes de serem nomeados, os escolhidos ainda passam por uma sabatina da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado Federal e pela votação do plenário.

Fonte: Diário do Pará

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Lula vai ao primeiro comício de Dilma no 2º turno

No primeiro comício do segundo turno com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, realizado hoje à noite, a petista Dilma Rousseff procurou demonstrar a força da família, num momento em que a campanha vive uma guinada religiosa e conservadora por causa da discussão em torno do aborto.

Tanto o presidente Lula quanto o candidato a governador do Distrito Federal pelo PT, Agnelo Queiroz, subiram ao palanque acompanhados de suas esposas, respectivamente Marisa Letícia e Ilza Maria. Isso foi seguidamente propagandeado pelo apresentador do comício, realizado em Ceilândia, a mais populosa cidade-satélite de Brasília, com 600 mil habitantes.

Dilma procurou passar às cerca de 3 mil pessoas que compareceram ao comício (segundo a PM) a imagem de que está com muita força junto ao presidente Lula. Ela reuniu no palanque cinco ministros do atual governo, se bem que todos com pouco traquejo político e nenhuma eleição no currículo. (AE)

Fonte: Diário do Pará

domingo, 10 de outubro de 2010

Juvenil vence eleição em Uruará

Se dependesse exclusivamente do município de Uruará, o candidato do PMDB Domingos Juvenil poderia se consagrar o governador do Estado do Pará

Diferente das maiorias dos administradores públicos do Oeste do Pará, o prefeito da cidade de Uruará, região da Transamazônica  Eraldo Sorges Pimenta mostrou que mesmo não tendo nenhuma pretensão política nos próximos anos mostrou que continua sendo a maior liderança desta região.
Para comprovar essa estatística podemos citar sua eleição e reeleição como prefeito tendo um alto índice de aprovação, em seguida sua eleição como presidente do Consócio Belo Monte por dois mandatos e atualmente a presidente da Associação dos Municípios da Transamazônica e Santarém-Cuiabá (AMUTS).      
Porém o que mais impressionou foi à atual eleição no município de Uruará para governo, senado, câmara dos deputados e deputados estaduais deste ano.
Eraldo Pimenta comprovou sua liderança colocando uma votação acima do normal para seus candidatos.
O fato se dar em função da seriedade que Eraldo conduz sua administração.
Veja os números para dar invejas para prefeitos como Maria do Carmo (PT), Santarém e Helder Barbalho(PMDB), Ananindeua.    
Para Governador do Estado
 Domingos Juvenil(PMDB) 8.728 votos ( mais votos que o candidato Jatene)
Simão Jatene (PSDB) 6.465 votos
Ana Julia(PT) 2.400 votos
Para deputado federal
José Priante 6.465 votos ( mais votos que o candidato Jatene)
Lira Maia 3.803 votos
Para deputado estadual
Ozorio Juvenil 6.608 votos  ( mais votos que o candidato Jatene)
Megale 2.432 votos
 
Fonte: blog do xarope

Pará tem bancadas mais ricas

A partir de março de 2011, quando os deputados estaduais, federais e senadores eleitos no pleito do último dia 3 começaram suas atividades legislativas, o Pará será representado pelas bancadas mais ricas do País. A soma de todo o patrimônio declarado pelos 60 parlamentares paraenses vitoriosos no último pleito, chega a expressiva marca de R$ 84.101.335,16 (veja infografia na página 2).
A maior fatia desse montante, cerca de 65%, corresponde aos bens da nova bancada estadual, disparada a mais milionária do País. O patrimônio dos novos 41 deputados estaduais é de R$ 54.977.864,75, o que corresponde a uma média de R$ 1,34 milhão por deputado. Para se ter uma ideia, a segunda mais rica do País será a que integrará a Assembleia Legislativa de São Paulo na próxima legislatura, cuja média por deputado é de R$ 1,243 milhão.
Os deputados Alessandro Novelino (PMN) e Fernando Coimbra (PDT) são os principais responsáveis, com as maiores fortunas de todos os parlamentares paraenses eleitos. O patrimônio declarado de ambos é, respectivamente, R$ 14.169.170,05 e R$ 11.364.434,72. Entretanto, outros seis novos deputados do Estado passam da cifra de R$ 1 milhão nas suas declarações, colocadas à disposição do Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Já na outra ponta, três alegaram não possuir patrimônio algum.
CONTAS
A bancada federal não fica muito atrás, e também surge como uma das mais bem-sucedidas financeiramente. Os 17 nomes que irão representar o Pará na Câmara dos Deputados possuem em média R$ 1,20 milhão. No geral, todas as casas, carros e dinheiro em contas e em espécie dos novos deputados federais do Pará chega a R$ 20.544.004,91.
Quem responde pela maior fortuna, por cerca de 50% desse valor, é o deputado Giovanni Queiroz (PDT), com R$ 10.421.200,00. Na comparação com todos os deputados eleitos do País, o pedetista figura na lista dos vinte mais ricos. Elcione Barbalho (PMDB) disse a justiça eleitoral que possui R$ 4.519.084,88, em patrimônio, o que indica a segunda maior marca da bancada federal.
Na nova formação da bancada no Senado, a média também é bastante alta. Mas os números respondem pela riqueza do senador reeleito Flexa Ribeiro (PSDB). São R$ 8.547.965,50 em bens, enquanto sua nova companheira na Casa, Marinor Brito (PSOL) declarou possuir R$ 31.500,00 de patrimônio.

FONTE: O LIBERAL