O ‘rei’ do Tocantins
Empresário, político e polêmico: as facetas de Pedro Iran do Espírito Santo
15 de Outubro de 2010Leandro Prazeres
Milionário, Pedro Iran usa roupas simples e evita luxos, mas impõe respeito no Maranhão e no Tocantins
Se para muitos brasileiros a Transamazônica foi motivo de ruína, para Pedro Iran Pereira do Espírito Santo, a rodovia o levou à fortuna. Filho de agricultores do município de Filadélfia, em Tocantins, ele enriqueceu durante as obras e os primeiros anos de funcionamento da estrada. Hoje, é um dos homens mais ricos do Maranhão e, também, um dos mais polêmicos.
Até meados da década de 70, Pedro Iran era apenas mais um balseiro do interior do Maranhão. Mas, ele conta que uma premonição mudou sua vida.
- Eu estava construindo a minha casa quando tive um pressentimento. Parei a obra da casa e comecei a construir uma balsa sobressalente. Não tinha nada que fazer com ela. Um dia depois de terminá-la, uma cheia muito grande atingiu a região e eu fui chamado para ajudar o pessoal ilhado - lembra.
O contato com políticos durante esse período lhe abriu as portas para os militares que logo o requisitaram para ajudar a transportar o maquinário para a abertura da rodovia nos municípios de Itaituba (PA), Estreito (MA) e Araguatins (TO). Em 40 anos, Pedro ficou milionário, mas quem o vê caminhando por Carolina, não consegue imaginar que aquele homem de bermuda, chinelo de dedo e camisa de botões furada se prepara para vistar uma de suas balsas à bordo de seu próprio helicóptero.
Poder e sexo
Uma brisa fria parece subir o curso do rio Tocantins e atinge, durante a noite, um grupo de 12 mulheres que sentam na calçada da casa de Pedro Iran. São mães acompanhadas de suas filhas.
- Vocês vieram pedir emprego? - perguntamos.
- Emprego é? - indaga, irônica, uma das mulheres antes das outras irromperem em gargalhadas sarcásticas.
Um taxista que vive na cidade há 20 anos dá dicas sobre o mistério das mulheres.
- Elas vão lá oferecer as meninas. Ele fica dentro de casa. Não sai pra nada. As meninas sobem e ficam lá com ele - diz.
Boatos à parte, Pedro Iran admite sua predileção por meninas.
- Olha, eu não vou dizer que sou santo, mas até hoje, não teve nenhuma queixa de nenhuma mulher. Muitas vezes, com o hormônio que estão usando, a gente vê um mulherão e pensa que tem mais de 18 anos... Não vou dizer que a gente não tenha cometido um erro dessa parte, mas são ‘tudo’ meninas que já são moças. Tem dois tipos de menina que eu não gosto: as virgens e as comprometidas. - explica o empresário sem o menor constrangimento.
Pedro Iran sabe que seu contato com menores de idade vem chamando atenção das autoridades. Ele já teve de depor na CPI da Exploração Sexual sobre seu envolvimento com menores de idade, mas não revela desconforto com isso.
- Esse negócio de pedofilia... isso sempre houve. É igual o que estão fazendo com o meio ambiente, é um jeito de tirar dinheiro de quem tem e trabalha - diz Pedro, que apesar dos rumores, não é réu em nenhum processo por exploração sexual.
Até meados da década de 70, Pedro Iran era apenas mais um balseiro do interior do Maranhão. Mas, ele conta que uma premonição mudou sua vida.
- Eu estava construindo a minha casa quando tive um pressentimento. Parei a obra da casa e comecei a construir uma balsa sobressalente. Não tinha nada que fazer com ela. Um dia depois de terminá-la, uma cheia muito grande atingiu a região e eu fui chamado para ajudar o pessoal ilhado - lembra.
O contato com políticos durante esse período lhe abriu as portas para os militares que logo o requisitaram para ajudar a transportar o maquinário para a abertura da rodovia nos municípios de Itaituba (PA), Estreito (MA) e Araguatins (TO). Em 40 anos, Pedro ficou milionário, mas quem o vê caminhando por Carolina, não consegue imaginar que aquele homem de bermuda, chinelo de dedo e camisa de botões furada se prepara para vistar uma de suas balsas à bordo de seu próprio helicóptero.
Poder e sexo
Uma brisa fria parece subir o curso do rio Tocantins e atinge, durante a noite, um grupo de 12 mulheres que sentam na calçada da casa de Pedro Iran. São mães acompanhadas de suas filhas.
- Vocês vieram pedir emprego? - perguntamos.
- Emprego é? - indaga, irônica, uma das mulheres antes das outras irromperem em gargalhadas sarcásticas.
Um taxista que vive na cidade há 20 anos dá dicas sobre o mistério das mulheres.
- Elas vão lá oferecer as meninas. Ele fica dentro de casa. Não sai pra nada. As meninas sobem e ficam lá com ele - diz.
Boatos à parte, Pedro Iran admite sua predileção por meninas.
- Olha, eu não vou dizer que sou santo, mas até hoje, não teve nenhuma queixa de nenhuma mulher. Muitas vezes, com o hormônio que estão usando, a gente vê um mulherão e pensa que tem mais de 18 anos... Não vou dizer que a gente não tenha cometido um erro dessa parte, mas são ‘tudo’ meninas que já são moças. Tem dois tipos de menina que eu não gosto: as virgens e as comprometidas. - explica o empresário sem o menor constrangimento.
Pedro Iran sabe que seu contato com menores de idade vem chamando atenção das autoridades. Ele já teve de depor na CPI da Exploração Sexual sobre seu envolvimento com menores de idade, mas não revela desconforto com isso.
- Esse negócio de pedofilia... isso sempre houve. É igual o que estão fazendo com o meio ambiente, é um jeito de tirar dinheiro de quem tem e trabalha - diz Pedro, que apesar dos rumores, não é réu em nenhum processo por exploração sexual.