quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Tiririca: "Estou meio perdidão"

Nenhuma surpresa na estreia do palhaço-deputado na Câmara: ele assinou documento sem saber o que era e decorou gabinete com um chocalho de cabra


 
"O que é que faz um deputado federal? Na realidade eu não sei. Mas vote em mim que eu te conto". Esse era um dos motes do então candidato Tiririca, durante a campanha eleitoral de 2010. Passada a primeira semana na Câmara dos Deputados, Francisco Everardo Oliveira Silva (PR/SP), ainda não sabe explicar a seus 1,3 milhão de eleitores o trabalho que terá de desempenhar no legislativo. Nos dias de estreia, o ato mais significativo do deputado mais votado do Brasil foi assinar o pedido de abertura da CPI do DPVAT (destinada a investigar denúncias de irregularidades no seguro obrigatório de veículos automotores). Ele não se recorda do teor do documento. Assinou porque outros estavam assinando, afirma.
 
O deputado Tiririca falou ao site de VEJA enquanto voava de Brasília para São Paulo. Ele não precisou apresentar documento de identidade ao embarcar. “Já o conheço”, afirmou o comissário de bordo. A conversa foi interrompida algumas vezes por sua esposa, Nana Magalhães, que procurava... lapidar suas repostas:

O senhor já descobriu o que faz um deputado federal? Ainda não. Estou meio “perdidão”, chegando agora. É tudo muito novo, mas aos poucos vou me adaptar, se Deus quiser...

Mas o senhor já assinou até pedido de abertura de CPI, não? Assinei algumas coisas, mas de cabeça assim não sei dizer o que era. Foi muita coisa que a galera toda assinou, ou seja, vários deputados.

Como foi a chegada ao Congresso Nacional? Foi normal. Eu já esperava que as pessoas se aproximassem de mim, por ser o mais votado do país. Todos queriam me conhecer no gabinete, foram filas e filas de pessoas para tirar foto e desejar boa sorte. Foi bacana.

Deu muitos autógrafos? Sim, mas continua sendo só “Tiririca” mesmo. Não coloquei a palavra “deputado” na frente.

Como foi a primeira semana de trabalho? Muito legal. Fui bem recebido pelos colegas e orientado também por alguns, que me desejaram sorte. Eles tiraram fotos e mandaram recado de otimismo de suas famílias.

Que conselhos o senhor recebeu de seus pares? Para que eu ficasse tranquilo, já que há muitos outros novatos na Câmara. Acho que são mais de 200.

O senhor já conversou com outros novatos? Com o Romário, o Popó e outros lá do Maranhão e do Piauí. Eles estão igual a mim, todos meio perdidos.

O que o senhor espera para as próximas semanas? A mesma loucura e assédio que foi essa semana. Vai demorar para isso acabar, porque muita gente quer me conhecer, tocar, desejar boa sorte. Os funcionários da Câmara também me procuram muito, muito, muito. Com o tempo, vai dar para atender todos.

Em termos de trabalho, que projetos pretende apresentar? Tenho umas coisas na cabeça, mas estou estudando ainda, junto com o partido. Quando houver oportunidade, apresentarei o texto.

É possível adiantar as áreas em que se situam essas ‘coisas na cabeça’? Educação e também cultura, que tem tudo a ver com a minha cara. Vai sair algo legal por esse lado. Também vou incluir projetos para humoristas, atores, artistas de circo e cantores. A cultura abrange muita coisa, se Deus quiser vai dar certo.

O senhor pretende trabalhar para o fim da corrupção? Não pensei em nada disso ainda.

Como a eleição mudou a sua vida? Mudou tudo. Eu não usava terno e gravata, agora tenho que usar. Tudo é muito novo para mim.

O senhor já decorou o gabinete? As primeiras coisas que pendurei foram um chapéu de couro e um chocalhozinho para representar bem o Nordeste. Acho isso bacana.

E de onde o senhor trouxe esses objetos? Ganhei de presente do meu avô. O chocalho é de uma cabra, porque meu avô criava cabras. Ele me deu de presente quando era pequeno e guardo como um amuleto para dar sorte.

O senhor pretende seguir carreira política? Ainda não sei. Vamos ver

Refrigerantes dietéticos elevam risco de infarto e derrame

A chance de sofrer um acidente cardiovascular pode aumentar mais de 60%

  Refrigerante diet: bom para a cintura, péssimo para o coração (Polka Dot Images/Thinkstock)
Beber refrigerante dietético pode ser uma boa alternativa para quem não deseja engordar, mas não significa menos perigo à saúde. Um estudo americano sugere que os consumidores frequentes desse tipo de bebida correm um risco maior de sofrer ataque cardíaco e acidente vascular cerebral do que as pessoas que não bebem refrigerante nenhum.
O estudo, realizado em conjunto pela Universidade de Columbia de Nova York e a Escola de Medicina da Universidade de Miami, acompanhou 2.564 pessoas em Nova York por pouco mais de nove anos e descobriu que as pessoas que consumiam essas bebidas dietéticas diariamente tinham 31% mais chance de sofrer problemas vasculares. Mesmo após os cientistas descartarem os pesquisados com síndrome metabólica (doença vascular periférica) e histórico de doença cardíaca, o risco ainda assim foi 48% maior, destacou o estudo apresentado na conferência internacional sobre Acidente Vascular da Associação Americana de AVC.
"Se nossos estudos se confirmarem com análises futuras, isto sugeriria que refrigerantes dietéticos pode não ser um substituto ideal para bebidas com açúcar", disse a coordenadora dos estudos, Hannah Gardener, da Escola de Medicina da Universidade de Miami.

Exame da OAB é derrubado na Justiça

É a primeira decisão de segunda instância que reconhece a inconstitucionalidade do Exame.

O desembargador Vladimir Souza Carvalho, do TRF-5 (Tribunal Regional Federal da 5ª Região), concedeu liminar determinando que a OAB inscreva bacharéis em direito como advogados sem exigir aprovação no Exame Nacional da Ordem. Para o desembargador, a exigência de prova para pessoas com diploma de direito reconhecido pelo MEC é inconstitucional.
A decisão ocorreu em uma ação movida por Francisco Cleupon Maciel, integrante do MNBD (Movimento Nacional dos Bacharéis de Direito), contra a OAB do Ceará. O pedido havia sido negado em primeira instância e o autor entrou com agravo no TRF-5. É primeira decisão de segunda instância que reconhece a inconstitucionalidade do Exame.
De acordo com o desembargador Vladimir Souza Carvalho, relator do caso, o Exame de Ordem é inconstitucional, na medida em que a Carta Magna prevê que “é livre o exercício de qualquer trabalho, oficio ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer”. Portanto, para o magistrado, não cabe à OAB “exigir do bacharel em ciências jurídicas e sociais, ou, do bacharel em direito, a aprovação em seu exame, para poder ser inscrito em seu quadro, e, evidentemente, poder exercer a profissão de advogado”.
Ainda segundo a decisão, da forma como está regulamentada a norma atualmente, conferindo poder de decisão à Ordem, faz com que as avaliações realizadas ao longo da graduação percam a validade. “Trata-se de um esforço inútil, pois cabe à OAB e somente a ela dizer quem é ou não advogado”, ressalta Carvalho.
Além disso, no entendimento do desembargador, a advocacia é a única profissão no país em que o estudante, já portando o diploma, necessita se submeter a um exame para poder exercê-la, “circunstância que, já de cara, bate no princípio da isonomia”, observa Carvalho, condição também prevista na legislação brasileira.
“De posse de um título, o bacharel em direito não pode exercer sua profissão. Não é mais estudante, nem estagiário, nem advogado. Ou melhor, pela ótica da OAB, não é nada”, aponta o magistrado.
Para o relator da decisão, a avaliação realizada pelo Conselho da OAB, obrigatória, “não se apresenta como devida, por representar uma usurpação de poder, que só é inerente a instituição de ensino superior”. Carvalho alega que somente a Presidência da República pode regulamentar, privativamente, a lei, o que, portanto, não deve ser de responsabilidade do Conselho.
O relator ainda argumenta que o STF (Supremo Tribunal Federal) já reconheceu a repercussão geral em um recurso extraordinário (RE 603.583-RS) que discute a constitucionalidade do Exame de Ordem para o ingresso no quadro de advogados da OAB. A entidade vai recorrer.
Fonte: Diário do Pará

Liminar devolve cargo de vice a Edir Pires

Edir Pires até agora não tomou posse na Prefeitura de Itaituba

Edir Pires foi cassado e através de liminar deve assumir Prefeitura de Itaituba
Confirmado, através da Petição nº 395-47, onde o médico Edir Pires solicitou um pedido de liminar para ter o mandato de vice-prefeito de volta, fato este confirmado através do Acórdão nº 23712 – TRE-PA, favorável, e a ordem ainda foi para que fosse o oficializado judicialmente o resultado para o presidente da Câmara Municipal de Itaituba e ao Juiz Eleitoral da 34ª Zona Eleitoral, informando assim a decisão. A decisão foi divulgada agora pela manhã e depois oficializado ao presidente da Câmara Municipal de Itaituba da decisão da liminar que restituiu o cargo de vice-prefeito a Edir Pires, cassado. 
O vereador João Bastos Rodrigues, que responde interinamente pela Prefeitura de Itaituba, está reunido com demais vereadores aliados na Câmara, para tomar uma decisão, se vão recorrer da decisão ou se vão deixar Edir Pires tomar posse da PMI. Ainda não chegou a uma decisão oficial do grupo dos vereadores, Eva Gomes, César Aguiar, Dadinho Camioneiro, Diomar Figueira e Cebola, para que providências vão tomar.

Superintendência de Polícia Civil será instalada em Itaituba

Delegado Ednaldo Sousa, ex-Corregedor da Civil em Santarém, será o primeiro Superintendente

Delegado Edinaldo Souza
Até o final deste mês, uma nova Superintendência de Polícia Civil será instalada no município de Itaituba, o que deverá desafogar o trabalho da Superintendência com sede em Santarém. Informações de primeira mão são de que o titular desta instituição policial civil será o delegado Ednaldo Sousa, ex-Corregedor da Polícia Civil em Santarém e que hoje atua na linha de frente da Policia Civil de Santarém. Anote para conferir depois.
Por: Carlos Cruz

Só em Cuba

Com Fux assumindo o caso do esdrúxulo empate de Jader no Supremo será revisto.
Afinal, convenhamos, perder por empate só mesmo em uma democracia, como a cubana.
Fonte: Bacana

Corrupção: MPF pede a cassação de mandatos


As investigações da Polícia Federal (PF) na Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) levaram o Ministério Público Federal (MPF) a ingressar com ações na Justiça Eleitoral contra deputados que são acusados de agir para apressar a liberação de processos na Sema em troca de ajuda para a eleição.
Os envolvidos são acusados de uso da máquina pública, corrupção eleitoral e compra de votos na campanha de 2010. As ações pedem a cassação dos mandatos. Nas gravações feitas com autorização judicial são citados os deputados estaduais reeleitos Gabriel Guerreiro (PV), Bernadete ten Caten (PT) e Cássio Andrade (PSB), além do deputado federal Cláudio Puty, que foi chefe da Casa Civil no governo da petista Ana Júlia Carepa.
APURAÇÕE
As ações envolvendo as apurações feitas pela PF na Sema correm em segredo de Justiça. O deputado abriel Guerreiro confirmou ontem que já foi intimado a prestar esclarecimentos à Justiça Eleitoral. Guerreiro aparece em conversa com o ex-secretário adjunto da Sema, Cláudio Cunha em diálogo em que falam sobre a liberação de manejo de açaí para 5 mil famílias no Marajó. Na conversa gravada pela PF, Cunha diz para Guerreiro que ele poderá anunciar a novidade aos beneficiados podendo faturar politicamente com a notícia.
Ontem, Guerreiro usou a tribuna da AL para se defender. Confirmou que ouviu de Cunha a proposta, mas disse que não se beneficiou com a ação da Sema. “A proposta entrou pelo ouvido direito e saiu pelo esquerdo”, disse. “Nunca liguei, nunca fui ver como estava o processo”.
O deputado disse que ligou para a Sema a pedido de um amigo para pedir que o órgão desse andamento a processo de liberação de plano de manejo que estava parado há mais de oito meses. Segundo ele, esse tipo de pedido é comum aos deputados. “Isso faz parte da nossa atividade parlamentar. Tem professora no interior que manda processo de aposentadoria que nunca sai e a gente vai lá e pede para destravar.
Os deputados são acionados para muitas coisas, para liberar remédio, projeto. Somos agentes e isso não tem senso de corrupção, nenhum lobby”. Em sua defesa, Guerreiro contou que teve apenas menos de 150 votos em todos os municípios do Marajó. (Diário do Pará)

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Escândalo na Sema envolve deputados


Conversas telefônicas interceptadas com ordem judicial revelam como funcionava o esquema de corrupção na Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) para aprovação de planos de manejo durante o governo de Ana Júlia Carepa. As investigações da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Federal (MPF) apontam que os envolvidos teriam praticado corrupção ativa e passiva numa organização criminosa que, além de se utilizar de valores obtidos com os ilícitos em suas despesas corriqueiras, ainda tentou esconder os rendimentos desonestos por meio de contas bancárias e bens em nome de terceiros.
O processo corre em segredo na Justiça Federal, mas as transcrições das conversas circulam com desenvoltura entre jornalistas. A propina corria solta e generosa. Até vazamento de informações dentro do MPF foi descoberto. O processo já tem mais de 3 mil páginas.
O DIÁRIO teve acesso às conversas, que envolve servidores da Sema, intermediários, madeireiros, fazendeiros, autoridades do governo passado e políticos como os deputados federais eleitos Cláudio Puty (PT), Giovanni Queiroz (PDT), os estaduais Cássio Andrade (PSB), Bernadette ten Caten (PT) e Gabriel Guerreiro (PV).
O então secretário do órgão, Aníbal Picanço, de acordo com o relatório da investigação, saiu de uma humilde casa no bairro do Reduto para ocupar um apartamento no Umarizal avaliado em R$ 1,5 milhão. O candidato a deputado Sebastião Ferreira, o “Ferreirinha”, tem seu nome citado em várias conversas. Ele tinha muitos clientes entre os madeireiros. E muitos pedidos na Sema.
É possível verificar a pressão exercida para liberação dos projetos sob influência política devido à proximidade da eleição de outubro passado. Um dos diálogos é entre o ex-secretário Cláudio Cunha e Gabriel Guerreiro (PV): “Deputado, aquele seu manejo deve tá saindo já, viu?”. Guerreiro responde: “Tá na sua mão, solte pra mim hoje”. E Cláudio retorna: “Não, vou soltar agora”. Mais adiante, fala para um servidor da Sema que vai atender o deputado e “gastar a tinta dessa caneta com o maior prazer”.
Cássio Andrade, dono de uma empresa que negocia peixes ornamentais, também telefona e cobra celeridade na liberação de seu projeto. “São os meus peixinhos...”, resume. É atendido prontamente. Em outro trecho, Picanço diz para Cláudio Cunha que Bernadete “tá torrando a paciência” e pergunta se ele está acompanhando os processos dela. Cunha responde que sim, mas argumenta que os projetos têm “pendências em Marabá”, que a deputada quer “empurrar goela abaixo”.
ESQUEMA
No dia 16 de setembro do ano passado, uma denúncia feita à PF escancarou o esquema. “Venho denunciar uma quadrilha que há muito tempo está instalada na floresta amazônica, trata-se de pessoas que uniram-se para confeccionar créditos de madeira de forma fraudulenta através de projetos de manejos e aprovados em áreas sem documento e muitas vezes sem nada de mata”.
O denunciante cita que José Vicente Tozetti e seu filho, Carlos Tozetti, com atuação na Transamazônica, uniram-se a um advogado conhecido na Grande Belém como doutor Luiz para influenciar a resolver problemas na Sema e com isso “arrecadar dinheiro para a campanha do PT, ou seja, de Ana Júlia”. A união teve como base um ambicioso e audacioso plano de aprovar plano de manejo em uma área que em sua metade está completamente desmatada e a outra invadida.
“Com muita astúcia e desenvoltura obtiveram êxito na grande fraude, conseguiram aprovar um plano de manejo completamente fraudulento, com mais de 70 mil metros cúbicos, avaliado em R$ 8 milhões”, diz o denunciante. O projeto estava em nome de Isaías Galvão Bueno. A transação foi tão bem sucedida que um jovem de 24 anos, José Vicente Alves Tozetti, comprou um avião de marca Corisco. Os créditos falsos do projeto foram vendidos por um tal de Paulo Sérgio, conhecido por “Paçoca”. (Diário do Pará)