Todos nos sabemos que qualquer candidato que se lança na disputa por um cargo eletivo na esfera do legislativo, investe consciente e inconscientemente todos os seus trunfos para alcançar a tão sonhada vitória que irá guinda-lo a uma cadeira, seja no legislativo municipal, estadual ou federal. Não há duvidas de que após eleitos, todos buscam representar seus correligionários nas suas respectivas câmaras, via de regra, durante os quatro anos de seus mandatos. Percebemos que ao longo do tempo, tornou-se prática costumeira na politica paraense, as negociações para que determinados vereadores sejam convidados a assumir determinadas Secretarias Municipais, afim de que seus suplentes possam assumir suas vagas na Camara Municipal. Da mesma forma, vivenciamos várias situações em que Deputados Estaduais a convite dos Governadores, deixam seus mandatos para assumirem Secretarias de Estado afim de abrirem espaço para que seus suplentes possam ascender a Assembleia Legislativa. Nas duas situações é perfeitamente compreensivel tais substituições por estarem de certa forma, equivalentes a nivel de poder e importancia, apesar de que para os eleitores que apostaram naquele candidato, tal atitude certamente soará como um ato de traição e desrespeito as propostas apresentadas durante o periodo de campanha para captação de votos. Já na esfera federal a coisa se nos apresenta bem diferente, haja vista, não termos recordação de que algum Deputado Federal tenha se licenciado para assumir alguma Secretaria Municipal ou Estadual, afim de abrir vaga na Camara Federal para o seu Suplente, até porque, o sonho de alcançar o Congresso Nacional é algo que embriaga qualquer politico que chega a Brasilia, graças a magnitude que o cargo detem, dando a possibilidade de representatividade e prestigio junto aos eleitores, que sempre estarão atentos aos desdobramentos de sua atuação, que ao final poderão trazer grandes beneficios em obras e serviços ao seu Estado. Não acreditamos que qualquer Secretaria, ainda que de Estado, possa sensibilizar e fazer a cabeça de qualquer Deputado Federal, simplesmente para abrir vaga a um candidato que não alcançou a votação necessária. Por tudo isto, entendemos como extremamente remotas as chances de qualquer suplente ascender a Camara Federal, a não ser por questões outras, como cassação; renuncia ou falecimento do titular.