A campanha eleitoral de 2010 no estado do Pará serviu para marcar a despedida melancólica de um Governador que se notabilizou pela grande capacidade de realizar obras e serviços que iam de encontro aos interesses da população paraense, melhorando a qualidade de vida das familias e diminuindo as desigualdades sociais, virtudes que o conduziram a desenvolver uma expressiva liderança politica neste estado, capaz de conduzi-lo de forma tranquila a um segundo mandato e ainda indicar e eleger o seu substituto. Ocorre que ao longo do tempo e em pleno exercicio do poder, sua excelencia passou a acumular significativos desgastes politicos, graças a sua maneira truculenta em lidar não só com os adversários, como com os próprios companheiros e correligionários, fato que lhe propiciou a amargar uma das mais imprevisiveis derrotas ja registradas neste estado, consequencia de sua intransigencia e arrogancia no trato com as diversas lideranças politicas constituidas, que diante dos fatos, resolveram se alinhar ao candidato de oposição dando-lhe a consequente vitória. Nestas eleições, o ex grande lider, já significativamente desgastado, tentou retornar a cena política pleiteando concorrer novamente ao governo, sendo preterido por seu partido tanto a nivel local, como nacional, se rebelando e indo apoiar o candidato que foi derotado no primeiro turno, contabilizando assim a sua primeira derrota no ano. Já no segundo turno o velho ex cacique caminhou ao lado da candidata derrotada, fechando assim sua participação nas eleições de 2010 com duas expressivas derrotas. Não há duvidas de que sua participação politica, na forma como se desenvolveu, ao lado do PMDB e do PT, serviu como ensinamento para aqueles que não entendem que uma grande disputa eleitoral se desenvolve entre adversários, sem a obrigatoriedade de se construir inimigos.